Fátima senhora de Felgueiras ou o Síndrome do Robin dos Bosques

Fátima Felgueiras regressou, qual heroína nacional, ou como vítima do sistema. Meteu-se ao caminho vinda do Brasil acompanhada da filha e de sei lá mais quem. Foi detida pelas autoridades policiais, mas ela diz que se entregou. Era suposto desaguar no Porto, mas foi em Lisboa que saiu do avião para enganar os repórteres que a aguardavam no Porto. As autoridades e o seu partido dizem que nada haviam combinado com ela, mas quando estava detida na PJ, a filha sempre foi dizendo que não tinha sido nada daquilo que tinha sido combinado.
O seu advogado, o mesmo que, asneaticamente, depois disse que a decisão de não aplicação não era recorrível pelo M.P., foi dizendo que não invocaria a qualidade da sua cliente como candidata para obstar à prisão, mas ela mal a Polícia lhe chegou ao pé, foi exibindo uma certidão de candidatura para se eximir à prisão.
Depois veio o resto: a urgência da Senhora Juiz em ter a arguida à sua frente o mais depressa possível, o requerimento do advogado a ameaçar que a prisão da senhora causaria alarme social, o despacho da senhora Juiz com péroolas como: " a arguida estava alegadamente no Brasil", ou justificando a libertação com o facto de não haver perigo de fuga.
Mas o mais impressionante é a reacção da populaça, alegadamente enganda no destino dado pela senhora aos seus impostos. Que faz? Olha-a com desconfiança e mantém o distanciamento? Não vitoria-a chama-lhe "Fatinha filha", coitadinha. E vai votar nela, e é até provável que a eleja Presidente da Câmara carregando-a em ombros até à presidencial cadeira. Ninguém se importa se ela roubou ou praticou algum crime, - há-de ter sido com boa intenção - pensam. Em suma tratam-na como o povo de Nottingham tratava o Robin dos Bosques, não se apercebendo da diferença, Robin dos Bosques lutava contra um tirano usurpador, esta luta contra os poderes democraticamente instituidos pretendendo furtar-se à Justiça. Robin dos Bosques roubava aos ricos para dar aos pobres, esta está acusada de roubar aos pobres que somos todos nós enquanto país, para dar sabe-se lá a quem. O mais preocupante é que não é caso único, também Isaltino, Avelino e Valentim são arguidos ou suspeitos e heróis da populaça e arriscam-se a ser eleitos. Avante malfeitores o poder autárquico aguarda-vos.

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